Este termo foi cunhado para sinalizar a presença, no indivíduo, de um conjunto de condições clínicas que possuem o acúmulo de gordura visceral e a resistência do organismo à ação da insulina como substrato fisiopatológico primordial. Sua ocorrência está associada a um ambiente inflamatório crônico que leva à formação precoce de placas de gordura na parede das artérias (aterosclerose acelerada), resultando em maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, particularmente infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral.
Indivíduos acometidos por esta síndrome apresentam uma taxa de mortalidade por doenças cardíacas três vezes maior que a população geral.
A síndrome metabólica se caracteriza por:
- Hipertensão arterial
- Níveis elevados de açúcar no sangue
- Níveis anormais de colesterol e triglicerídeos no sangue
- Obesidade central (critério essencial)
O tratamento da síndrome metabólica deve primordialmente focar no combate à obesidade visceral. A implementação de mudanças no estilo de vida com foco na prática regular de exercícios físicos e adoção de hábitos alimentares saudáveis é uma estratégia essencial e indispensável.
- Exercícios físicos: mínimo de 30 minutos de atividade aeróbica de moderada intensidade diariamente, complementado com exercícios resistidos.
- Hábitos alimentares saudáveis: dieta composta por carboidratos complexos e integrais, gorduras mono ou poli-insaturadas e restrição no consumo de sódio.
Quando as mudanças no estilo de vida não se mostrarem suficientes para o adequado controle das variáveis que compõem a síndrome ou na presença de fatores de risco adicionais, a terapia medicamentosa deve ser associada.